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terça-feira, 22 de julho de 2008

O AMOR NÃO ESPERA...

Havia,certa vez,um velhinho que estava doente e cansado.Ele tinha quatro filhos e de nenhum deles recebia a menor atenção.
Vivia em uma enorme pobreza. Sobrevivia a duras penas.Em sua granja ,perambulavam umas poucas galinhas fracas que viviam quase que por milagre mas,pelo menos,não deixavam de por um par de ovos por dia.O restante de sua dieta,se resumia numas frutas silvestres,cada dia colhidas com maior esforço.
Um dia , mexendo em suas coisas, encontrou duas moedas de prata e teve uma idéia genial.Trocou-as na cidade,num antiquário ,por um velho baú.
Deu um jeito de trazê-lo para casa.Colocou-o num lugar bem à vista.Quando, casualmente ,um de seus filhos o visitou, perguntou intrigado :
- O que o senhor guarda aí?
-Um segrêdo que vocês só conhecerão no dia em que eu morrer,pois guardo neste baú,toda a minha herança.
No outro dia enterrou-o embaixo de sua cama.
Qual não foi sua surpresa a partir de então! Todos os dias , um filho o visitava durante o dia.Levavam-lhe leite e mel e se revezavam na limpeza do casebre.
Um dia , seu tempo terminou e o velho morreu em sua casinha na granja. De imediato,os filhos acorreram, não tanto para velá-lo, mas para ver qual seria sua herança.
Tiveram uma enorme surpresa ao encontrar apenas um pedaço de papel dentro do baú,escrito com letra trêmula : " Meus filhos... O autêntico amor não espera. Entrega-se generosamente, sem esperar recompensa. Minha herança é que aprendam a amar.Gostaria de ter-lhes deixado mais mas o meu único legado é agradecer-lhes pelo que me deram em vida ."
Os quatro irmãos, por fim, compreenderam que um bom pai pode dar à vida por seus filhos, mas,alguns não dão NADA em vida por seus pais. Em profunda reflexão e, com lágrimas nos olhos, deram-lhe finalmente uma digna sepultura e , um deles, quando jogou o último punhado de terra,despediu-se dizendo :
- Prometo ao senhor , meu pai , AMAR SEM NADA ESPERAR !
( Miguel Angel Cornejo )

Postado por Sueli Rossetto ,dia 22 de julho de 2008

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